terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Lua nova

Às vezes (ok, quase sempre) eu me imagino dentro de um videogame, como se a minha vida fizesse parte de um grande jogo criado por alguém sem muita imaginação ou com poucos recursos tecnológicos. Afinal, por mais que eu passe de fase, acabo enfrentando sempre os mesmos desafios. Mas desta vez acho que o final será diferente.

É claro que não gostei nada do último post do Zé. Se bem que acho que mais uma vez ele se queimou sem querer, e ainda me deu uma fama que eu não quero nem tenho.

A Bella nem precisou de muito esforço pra descobrir o blog, provavelmente algum amigo meu acabou passando o endereço pra ela. Difícil foi convencê-la a não partir a cara do Zé, que se trancou no quarto ao me ouvir no interfone autorizar a subida dela. Ela bateu na porta várias vezes, mas ele simplesmente se fingiu de morto, cheguei até a ficar preocupado.

Foi então que implorei por desculpas, quase chorando. Estava disposto a apanhar por ele e por mim, que poderia muito bem ter apagado o post.

Mas ela não parecia brava, nem mesmo com o Zé.

Só fui entender as intenções dela depois de ser empurrado no sofá. Nem deu tempo de transformar em cama, fizemos tudo ali mesmo, quase não consegui tirar o meu macbook da frente, ou melhor, das minhas costas.

Desde então, outros encontros acabaram acontecendo. Sempre no sofá e sempre com o Zé no quarto, puto da vida, provavelmente. Acho que estou sendo feito de objeto, ou de videogame, nas mãos de Bella, mas quem disse que eu me importo?

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