Então aqui estou eu, em meio a uma trama que deixaria Nelson Rodrigues corado de vergonha, graças ao meu colega de República. O pobre imaginou que a reação ao último post dele me faria perder a cabeça e partir para a ignorância. Como se eu fosse sujar minhas mãos quando meu verdadeiro talento está no intelecto... Ora, Felipe, eu deveria agradecê-lo por ter mais uma oportunidade de humilhá-lo em público!
Vejamos: parece que diante de uma descrição um tanto fantasiosa do cara que paga para dormir no meu sofá as pessoas foram levadas a pensar que eu tenho alguma espécie de problema de ereção, vejam só… Ora, quem lê este blog sabe que já tive uma namorada por dois anos. E ela nunca reclamou da minha, digamos, performance debaixo dos lençóis.
Caros, a minha relação com Lara Croft (gostei do apelido, apesar de não ter a menor ideia de quem seja) vai muito além de questões sexuais. Ao contrário do Felipe, que se atraca com qualquer emo oferecida por aí, eu tenho um mínimo de critério.
E isso inclui uma boa dose de seleção natural (beleza é claro) e, principalmente, intelectual. Não que Lara seja um poço de sabedoria (imaginem que ela nunca havia assistido um Fellini antes…), mas, para usar um termo vulgar, “dá para o gasto”.
Naquela noite fatídica, estávamos apenas cansados, havíamos discutido muito uma ideia minha para um projeto de roteiro. Ficamos um tempo (não sei exatamente quanto) lá no quarto conversando, os dois nus, como em uma cena de um bom filme francês, enquanto na sala o Felipe – sozinho - assistia a mais um filme ridículo de Hollywood.
O sexo ali era completamente desnecessário, Lara e eu estávamos obtendo uma outra forma de prazer, muito mais elevada. Ela provavelmente riria muito – assim como eu ri – quando li o post do meu amiguinho nerd... Então, foi bom pra você, Felipe?