terça-feira, 2 de março de 2010

Paredão

Como vocês devem imaginar, este vosso humilde escriba odeia programas como o Big Brother Brasil. Infelizmente, agora que forçosamente cedi o quarto para o meu colega mais bem provido de posses e passei a dormir na sala, sou obrigado a assistir a essas porcarias na TV. Aliás, “porcaria” e “TV” para mim são praticamente sinônimos.

Devo reconhecer, não obstante, que minha vida bem se parece com a de um BBB nos últimos tempos, a ponto de achar que, às vezes, o Pedro Bial está conversando diretamente comigo durante as transmissões. Afinal, todos parecem saber o que acontece na minha casa e tiram suas próprias conclusões – erradas, claro – dos meus posts aqui neste blog.

Mas o pior foi ver que alguns comentários maldosos e desprovidos de fundamento acabaram influenciando o comportamento da minha namorada. Ela começou a relacionar a minha doença no Carnaval, a perda do quarto para o Felipe e outros mal-entendidos relatados no blog a uma suposta inabilidade para concretizar o ato sexual. E ainda acha que eu estaria evitando situações em que pudesse ficar sozinho com ela, com receio de que poderia “rolar” algo.

Foi duro – sem trocadilho – convencê-la de que minha visão sobre sexo e diferente da dos demais mortais. Convenhamos – eu disse a ela - se eu quisesse, poderia trazer pelo menos uma garota por semana para o apartamento. Nada que um pouco do meu charme e da minha capacidade de conquista não fossem capazes de conseguir, ainda mais na faculdade, onde a quantidade de mulheres fáceis por metro quadrado é acima da média. O fato é que prefiro deixar esse tipo de conquista barata para o meu roomate.

- Pois então acho melhor você ficar esperto, porque o seu roomate já tentou me passar várias cantadas baratas. E olha que eu sou louca por uma liquidação – ela ameaçou.

- O que é isso? Um paredão? – perguntei, enquanto assistíamos ao BBB no sábado.

- Não, eu já escolhi você faz tempo!

As insinuações em meio à transmissão televisiva nos inspiraram a ensaiar umas carícias debaixo do edredon, mas o desconforto do sofá-cama e o receio de o Felipe chegar a qualquer momento não nos deixavam relaxar. Não, nossa primeira noite de amor não devia ocorrer daquela forma. Acho que desta vez ela entendeu.

9 comentários:

  1. "...não nos deixavam relaxar..." Acho q vc está relaxado demais isso sim! Elena, se precisar é só chamar!

    ResponderExcluir
  2. AH MAS NÃO ACONTECE NADA NESSE EDREDON! SOU MAIS O BBB!

    ResponderExcluir
  3. Concordo, quero ver até onde vai (ou não vai) essa história

    ResponderExcluir
  4. Também quero ver até onde vai a paciência humana!

    ResponderExcluir
  5. A Elena não tem cara de que vai aguentar muito esse mala brocha!

    ResponderExcluir
  6. Ai, dá uma vontade de dizer a real aqui, mas o ele me mataria

    ResponderExcluir
  7. Pq simplesmente não desliga a TV, Zé?

    ResponderExcluir
  8. E as cantadas baratas foram no passado, ela falou isso só pra mexer contigo. Mulher de amigo meu pra mim... é mulher, mas eu respeito!

    ResponderExcluir