terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Quarto próprio

Eu sei que ando ausente deste blog, mas é que estou mesmo muito enrolado, bem mais do que podia imaginar quando começamos isto aqui. Quem diria que, menos de um ano depois de me mudar para Sampa e ainda no segundo semestre do meu curso, já estaria empregado na minha área?

Na verdade, não passa de um estágio conseguido depois de um contato na Campus, mas ao contrário do que se fala por aí, não fui contratado só para servir cafezinho, e a grana até que é razoável.

Também é verdade que, por enquanto, só executo ordens e faço programação, sem um designzinho próprio sequer. O Zé me enche e diz que traí os meus ideais, mas pelo menos tenho algum dinheiro no bolso e não dependo mais de bicos como instalador de Office pirata por aí…

Estou apenas na segunda semana (incompleta) e ainda estou naquela empolgação inicial. O pior foi ter sido obrigado a deixar Ubatuba em plena terça de Carnaval pra começar no emprego na quarta-feira de cinzas ao meio dia. Um absurdo, isso devia ser proibido por lei!

Mas o que mais me surpreendeu foi a proposta do Zé, assim que cheguei em casa, ainda com a mochila nas costas:

- Quer ficar com o quarto do apê pra você?

- Claro que sim! Quem eu preciso matar?

- Ninguém. Andei pensando, e como estou com muita dificuldade para me sustentar, e como não pretendo abrir mão de meus princípios intelectuais em busca de um trabalho ordinário qualquer, acho que podemos fazer uma nova divisão do aluguel. Você fica com o quarto, mas paga 70%, e eu pago o resto.

É lógico que, do ponto de vista financeiro, a oferta não era vantajosa, mas acabei melhorando as condições quando incluí a cama dele na conta e fiz questão de ressaltar que podia trazer quem eu quisesse para o quarto.

Estreei o cafofo neste sábado com a Bella. Sim, nós voltamos a flertar no Carnaval, demos uns beijinhos e… sei lá, essa nossa história está muito enrolada! Ela chegou em casa com a Elena, que ficou putíssima quando soube do negócio entre o Zé e eu, segundo me contou a Bela.

De fato, quando deixamos o quarto para tomar um ar, os dois estavam com uma cara de velório, não sei se com raiva de mim, de um do outro, ou do filme cabeçudo e parado que passava no DVD (em preto e branco ainda por cima!). Pensei até em emprestar o quarto, mas achei que isso só iria piorar as coisas entre eles…

6 comentários:

  1. Eu ssei que isso devia ter graça, mas só consigo sentir pena do Zé, ele só se ferra!

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  2. Liga não. quem escreve o blog deve ser um nerd com ódio mortal de intelectuais tipo o Zé!

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  3. é verdade, vitor. acho q o zé se mata antes do próximo posrt

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  4. Eu conheço vários tipos como o Zé. Todo cara metido a intelectual é meio brocha mesmo

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  5. Margarida, os intelectuais são grandes amantes, eu posso lhe garantir. Agora, que o Felipe parece guardar um certo rancor, ou inveja, como prefiram, parece evidente.

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  6. Zé, vc pode não acreditar, mas o mundo não gira em torno de vc. Abs,

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