Acredito que não seja surpresa para ninguém que não gosto de carnaval. Mas apesar de não apreciar o festejo popular, nada tenho contra o descanso de três dias que todos temos nesta semana.
Felipe e os amigos sonsos planejaram voltar à casa que alugaram no Ano Novo. E, agora na condição de namorado da Elena, resolveram me chamar para acompanhá-los. É claro que neguei, não só pelo desprazer da companhia mas também pela falta de grana.
Para minha surpresa, Elena decidiu não ir com eles e ficar para me fazer companhia. Ela passou a semana passada quase toda planejando o nosso carnaval romântico: comprou comida no supermercado, vários filmes para assistirmos em DVD e um estoque enorme de preservativos para a nossa prèmiere.
Enquanto Felipe fazia as malas para ir, ela trazia as coisas para cá. Meu amigo mal escondeu a inveja e a vontade de estar no meu lugar, mas ainda veio me desejar um “bom Carnaval” bem falso, para não dizer irônico, antes de pegar a carona para a praia.
Talvez tenha sido praga dele, o fato é que pouco antes de Elena chegar, ainda na noite de sexta, comecei a passar muito mal. Uma ânsia de vômito misturada com dor de barriga, algo indescritível cuja enfermidade não consegui identificar, pois não tive nenhum sintoma externo visível, algo que pudesse ser detectado num pronto-socorro, para onde ela quis me levar.
Dos nossos planos, só conseguimos assistir aos filmes, sugeri até que alugasse mais alguns, já que no domingo já havíamos visto todos. Mesmo estando mal do estômago, me forcei para comer e não ficar ainda pior, mas é claro que nenhuma comida me caía bem e abortava qualquer esboço de recuperação.
O clima até chegou a esquentar algumas vezes, mas expliquei a ela que não estava em condições de lhe proporcionar uma verdadeira experiência romântica. Eu não gostaria que ela me comparasse depois a algum desses nerds tipo o Felipe com quem ela foi para a cama antes de mim.
Bem, só escrevo isso em plena terça de Carnaval, ainda convalescente, porque acho que Elena não entendeu nada e acabou indo embora ontem à tarde. Perguntei se ela voltava, mas só ouvi em resposta da sala a porta batida na minha cara.
É claro que estou chateado pela situação, mas se ela não voltar será apenas mais uma prova de que se trata de mais uma garota tola e fútil cujo destino será correr atrás de idiotas que passam a maior parte do tempo jogando videogames e falando sobre computadores. Qualquer semelhança com alguém que vocês conhecem deste blog não será mera coincidência…
Broxou de novo companheiro? Vai um viagra aí?
ResponderExcluirQUA QUA QUA QUA QUA!
ResponderExcluirDesiste companheiro. Acho que teu negócio é outro!
Tadinho, gente! Isso é sério.
ResponderExcluirNossa, que constrangedor. Está na cara que vc não estava doente coisa nenhuma
ResponderExcluirtípico!
ResponderExcluirSe identificou Majô?
ResponderExcluirPelo visto aqui ninguém nunca ficou doente. Será que ninguém me entende?
ResponderExcluirJá fiquei sabendo de vários detalhes desse carnaval no apê. Posso contar?
ResponderExcluirTadinho do Zé... Eu cuido de você... :]
ResponderExcluirAH! Ele tem dona, viu! E pode contar o que quiser, Felipe. Eu mesma já pensei em criar um blog com essa minha personagem
ResponderExcluirCalma, calma... tem pra todas! Inclusive pra Majô
ResponderExcluirE se quiser inventar histórias, não inclua meu nome, sr.Felipe
Ceus, e ele ainda conta vantagem!
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